Cirurgia eletiva! Fazer ou não? Como se decidir?
Uma cirurgia eletiva é simplesmente aquela cirurgia que é planejada com antecedência, em vez de uma que é feita em situação de emergência. A cirurgia eletiva é uma cirurgia que pode ser marcada com boa antecedência e, portanto, os pacientes podem ser preparados para a cirurgia apropriadamente.
Cirurgia eletiva ou programada: como funciona?
O significado de eletiva é opcional, ou seja, a cirurgia eletiva é baseada na feita pelo paciente ou médico. Alguns dos tipos de cirurgia eletiva são necessários para o bem estar do paciente, mas podem ter sua realização postergada ou adiantada. A maioria das cirurgias eletivas é simples, com a cirurgia e alta do hospital ocorrendo no mesmo dia. A cirurgia eletiva é feita quando um médico acredita que seja necessária, mas que pode ser adiada por pelo menos 24 horas. Uma cirurgia eletiva ou programa não é a mesma coisa que uma cirurgia de emergência ou cirurgia para tratamento de um problema de saúde, e nem abrange o tratamento médico.
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Ao optar por uma cirurgia eletiva, pacientes com condições menos urgentes estão autorizados a esperar por algum tempo até a cirurgia. Um exemplo típico de cirurgia mesmo dia seria a reparação cirúrgica de uma hérnia no abdome. Em outros casos, como uma cirurgia urológica mais complexa ou uma cirurgia estética, há um curto período de internação após a cirurgia.
Cirurgia eletiva: exemplos e tipos
Cirurgia semi-eletiva é uma cirurgia que deve ser feita para preservar a vida do paciente, mas não precisa ser realizadas imediatamente.
Uma cirurgia eletiva de urgência é aquela que pode esperar até que o paciente esteja clinicamente estável. No entanto, deve ser realizada dentro de 1 ou 2 dias.
Existem vários procedimentos cirúrgicos que podem ser considerados eletivos.
- Cirurgias cosméticas e estéticas: a cirurgia plástica, como um o “facelift”, a colocação de implantes de silicone, abdominoplastia, rinoplastia, são feitas para melhorar individualmente aparência física de um paciente. Cirurgias cosméticas e estéticas são cirurgias eletivas pré-programadas em um momento que seja mutuamente conveniente para o paciente, o cirurgião, e o centro médico.
- Cirurgias de baixa complexidade: fixação de tubos auditivos para os ouvidos, tonsilectomias, e cirurgia de escoliose também são cirurgias eletivas.
- Cirurgias oftalmológicas: a cirurgia a laser para correção da visão e a cirurgia de catarata, por exemplo. Como ela pode ser realizada com um resultado igual tanto no começo quanto em estágios mais avançados da catarata, dependendo da escolha do paciente e do médico.
- Cirurgias de alta complexidade consideradas eletivas: a mastectomia por câncer de mama e a doação de rim por um doador vivo são realizados como cirurgias eletivas também, apesar de ser recomendado que esse tipo de cirurgia seja realizado o mais rápido possível.
- Cirurgias cardiovasculares não emergenciais: são aquelas para melhorar o fluxo sanguíneo ou a função cardíaca, como a angioplastia ou a implantação de um marcapasso, essenciais para prolongar a vida. No entanto, ao contrário de uma cirurgia de emergência, que deve ser realizada imediatamente, um procedimento eletivo necessário pode ser programado segundo a conveniência do paciente e cirurgião.
- Cirurgia ginecológica: histerectomia e ligadura de trompas também caem no grupo de cirurgias eletivas.
- Cirurgia do sistema músculo-esquelético e procedimentos cirúrgicos ortopédicos: substituição da bacia e reconstrução dos ligamentos do joelho são cirurgias eletivas.
- Cirurgia exploratória ou de diagnóstico: para decidir a origem e a extensão de um problema médico ou a biópsia amostras de tecidos.
Cirurgia eletiva: urgência e emergência, como é a decisão para fazer ou não?
O paciente de fazer uma provisão para uma cirurgia eletiva, verificando com o plano de saúde para os custos da cirurgia. Se o paciente não tem plano de saúde e vai fazer a cirurgia pelo SUS, da mesma forma, é necessário um bom planejamento para a cirurgia, já que envolve um certo tempo de recuperação, exames, e consultas médicas.
A urgência/emergência de uma cirurgia eletiva, na decisão de fazer ou não a mesma, vai depender diretamente do resultado de exames de imagem (raio-x, ressonância, tomografia, ultrassom), exames de sangue, e outros testes que o médico solicitar. O médico também irá pedir visitas para acompanhar a condição do paciente, para qualquer alteração no estado do mesmo. Em caso de piora no estado, a cirurgia eletiva pode ser antecipada.
Cirurgia eletiva: SUS
Vale lembrar que no SUS, cirurgias eletivas também são realizadas, com algumas exceções. Por exemplo, no SUS não são realizadas cirurgias estéticas que não sejam para a correção de problemas cosméticos, tais como cicatrizes, queimaduras, e problemas que afetam a estima e psicológico do paciente.
O vídeo abaixo também mostra um pouco de outro problema das cirurgias eletivas no SUS: a fila de espera.
Cirurgia eletiva: plano de saúde
O plano de saúde tem exceções semelhantes ao SUS na cobertura de cirurgias eletivas. A maioria cobre, porém, os exames pré-cirúrgicos e acompanhamento pós-cirúrgico. Há a cobertura também da internação, apesar de não serem todos que fazem essa cobertura. Verifique com seu médico e seu plano de saúde se a cirurgia eletiva que vocês querem realizar deve ser feita à parte ou é coberta pelo plano. Veja tudo que o plano pode cobrir da cirurgia para poupar dinheiro com seu plano de saúde.
Quais são as complicações de uma cirurgia eletiva?
Os riscos de uma cirurgia eletiva irão variar de acordo com a categoria de cirurgia realizada. No geral, devido à sua natureza invasiva, a maioria das cirurgias implicam um risco de:
- Infecção
- Hemorragia
- Problemas circulatórios, tais como choque ou trombose (coagulação dentro do sistema circulatório).
- A anestesia utilizada também podem oferecer riscos específicos para complicações como choque anafilático (uma reação alérgica).
Com os exames pré cirurgia e um bom acompanhamento profissional, esses riscos são reduzidos drasticamente.
Todas as cirurgias eletivas bem sucedidas?
Depende do tipo de procedimento realizado. Em algumas cirurgias eletivas, os resultados “normais” de uma cirurgia podem ser apenas temporários. Uma segunda cirurgia pode mais tarde ser necessária, enquanto outros resultados são permanentes. Por exemplo, um facelift pode precisar de um segundo procedimento assim que a pele “ceder” novamente, enquanto uma ligadura de trompas tem um resultado permanente. As taxas de sucesso, morbidade e mortalidade também dependem do próprio procedimento eletivo. Um médico deve ser capaz de fornecer a um paciente os dados estatísticos sobre as taxas de sucesso para uma cirurgia eletiva particular.
Você já fez uma cirurgia eletiva? Como foi a cirurgia? Foi muito caro?
Sobre o autor
André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.
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