Como parar de fumar?
Geração saúde. Todo mundo praticando exercícios, comendo de forma mais saudável. Nas baladas, todo mundo feliz porque os cigarros foram proibidos. E você mais um grupo de pessoas fica lá fora ou em um espaço fechado, isolados dos outros.
Suas roupas brancas já estão amarelas de nicotina. As paredes do seu quarto já precisam de uma nova pintura. Os dentes já estão amarelos e todas as suas roupas estão com um cheiro forte, não importa o quanto você lave. Até mesmo seu suor cheira a nicotina. Seus amigos brincam com seu fôlego, que já não é mais o mesmo há anos.
Dramatizamos aqui um pouco do que um fumante vivencia em seu cotidiano. E se você veio parar nesse blog, ou já passou por isso, ou conhece alguém que está nessa situação.
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O cigarro vicia de várias formas. E muitos são aqueles que criam métodos milagrosos para parar de fumar, iludindo as pessoas que sofrem deste mal. Já deixo claro: não existe método milagroso para parar de fumar.
Com certeza você já ouviu várias histórias de pessoas que pararam de fumar de uma hora pra outra. O que elas esquecem de contar é o contexto envolvido. A maioria delas o faz devido a traumas ou necessidade imediata. E alguns já vinham parando ou fumavam muito pouco. Outras, se beneficiaram da genética e não criam o vínculo de vício com o cigarro. Portanto, não crie vãs esperanças de que milagres acontecem sempre.
Existem alguns tipos de relações de vício com o ato de fumar. Podemos classificá-los da seguinte forma:
- Físico: você é viciado nos gestos e linguagem corporal envolvidos no ato de fumar. Pode ser o simples ato de levar o cigarro para a boca ou ter algum objeto nela.
- Psicológico:o cigarro age como uma muleta emocional, um apoio e suporte psicológico para momentos estressantes ou que geram sentimentos negativos.
- Químico:um viciado libera em seu corpo endorfina ao utilizar seu objeto de vício. Com o tempo, ele passa a liberar o hormônio ocitocina, que causa a dependência química das substâncias do cigarro. Este hormônio é o mesmo responsável pelas crises de abstinência de um viciado.
Querer parar é o passo mais importante para o fumante. Não adianta tratar alguém que sente-se bem fumando. Você pode até tentar mostrar os males para esta pessoa, pagar um tratamento, mas não adiantará nada.
Já vi casos de pessoas desistindo de parar de fumar porque engordaram quando tentaram. É um mito achar que parar de fumar engorda. O que acontece é que a pessoa ao tentar controlar a ansiedade, come mais frequentemente. Aqueles que tem o vício físico de ter algo na boca, acabam comendo mais devido a ausência do cigarro. O que engorda são as atitudes que tomamos enquanto tentamos parar.
O tratamento
Em primeiro plano, não tente parar com tudo de uma vez. Corte o primeiro e o último cigarro de seu dia. Coloque no papel o quanto você tem gasto com cigarros para criar um motivador. Alguns separam esse dinheiro para se premiar com presentes. Outros, investem o dinheiro em aplicações financeiras. O importante aqui é visualizar os ganhos, pois quando você ver as pequenas vitórias buscará passos mais largos.
Junto às atitudes, um tratamento psicológico pode ser uma ferramenta necessária. Entender as origens de seu vício, por que e quando ele surgiu. Isso irá ajudar a tratar problemas além do vício que podem estar atrapalhando sua vida.
Em alguns casos mais extremos, o tratamento psiquiátrico e o uso de remédios pode ser preciso. Isso acontece quando as crises de abstinência são muito pesadas ou a dependência química tem um grau muito grande. Aqueles que enfrentam problemas de saúde como câncer e precisam parar de fumar de repente, não há como escapar dos medicamentos para amenizar os problemas decorrentes da abstinência. Alguns chás e plantas medicinais podem ajudar ao amenizar estes sintomas.
Você precisará muito do apoio da família e amigos durante todo esse processo. Não tente pensar que conseguirá superar tudo sozinho. Eles são parte essencial de todo tratamento de dependência.
Faça as coisas com calma, não tente parar tudo de uma vez e respeite seus limites.
Seu corpo, espírito e mente agradecem.
Sobre o autor
André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.
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