Homeopatia funciona?
Os médicos tradicionais, daqueles que receitam medicamentos para toda doença, dizem que homeopatia é nada mais do que placebo. Já os adeptos da medicina alternativa afirmam mais e mais vezes que a homeopatia cura as mais diversas doenças. Estudos são controversos pois alguns de alto impacto foram publicados em revistas com perfil e histórico anti-homeopatia. Fica difícil analisar de forma eficiente quem está certo nessa guerra.
Eu já tive experiências boas e ruins com a homeopatia. Já tratei sinusite, caxumba até início de depressão com homeopatia. Por outro lado, ela foi incapaz de me ajudar com problemas de insônia, e tive de recorrer a remédios psiquiátricos (decisão da qual me arrependo por conta dos efeitos colaterais). Mas sempre me questionei sobre como as “bolinhas de açúcar” funcionavam.
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A homeopatia parte do princípio que a água guarda uma memória de todas as substâncias que já passaram nele. Com isso, utilizando princípios ativos naturais em doses mínimas, a homeopatia ativaria um “efeito borboleta” em seu organismo: uma mudança mínima tira todo um sistema do equilíbrio e o leva a um estado onde o organismo passa a trabalhar na cura do problema, não dos sintomas.
Os achados sobre esta tese ainda são vagos. As esperanças dos defensores da homeopatia foram renovadas com o LHC e o possível achado do bóson de Higgs. Com estudos moleculares mais avançados, as propriedades homeopáticas poderiam talvez serem comprovadas.
Por outro lado, as grandes indústrias farmacêuticas tem muito a temer da homeopatia. Primeiro porque homeopatia é uma forma de cura muito barata. Segundo, porque a alopatia prega o uso de altas doses e, na maior parte dos casos, a cura dos sintomas e não das causas. Por fim, ela também está enraizada em nossa cultura e no uso por nossos médicos e grandes indústrias farmacêuticas. Não é do interesse delas que a homeopatia se prove eficiente. E são elas que financiam grandes estudos médicos pelo mundo. Dificilmente um estudo vai se provar positivo para a homeopatia nesse contexto.
Há um consenso entre todos: a prevenção é ainda o melhor remédio. Exames médicos regulares, a prática de exercícios físicos, a regulação da alimentação. Todos esses evitarão que você precise de remédios para sua melhora. Mas na hora que eles forem necessários, não fique dependente apenas de um ou outro. Busque soluções alternativas, tratamentos de longo prazo. Consulte outros especialistas e demande soluções efetivas, não apenas temporárias. Muitas delas significarão uma mudança no estilo de vida. Mas serão muito melhores em resultados do que “bolinhas de açúcar” ou drogas pesadas.
Sobre o autor
André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.
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