Jatobá: que fruta é esta? Benefícios e propriedades!
Jatobá é uma árvore que cresce a até 30 m de altura, e é natural da floresta amazônica e partes da América Central. A planta tem folhas verdes brilhantes em pares emparelhados, flores brancas, perfumadas que são polinizadas por morcegos, e uma fruta com grandes sementes dentro, em formato de uma “vagem” grande. O fruto é considerado comestível, embora seja pouco saboroso.
O jatobá produz um tipo de resina utilizável. Na base da árvore jatobá ocorre uma goma alaranjada, pegajosa, resinosa, geralmente subterrânea. A casca também produz menor quantidade de resina quando cortada. Essa resina, em um processo que dura milhões de anos, resulta na formação do âmbar, que é uma resina petrificada das árvores.
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Resina, folhas e fruta do jatobá: para quê servem?
Na Amazônia, a resina aromática do jatobá é retirada da base da árvore e queimada como incenso, utilizada na fabricação de vernizes, utilizada como esmalte para cerâmica, e é empregada medicinalmente. A casca e as folhas de Jatobá tem uma história antiga de uso pelas tribos indígenas da floresta tropical. A casca da árvore é esmagada e consumida para tratar a diarreia. Ela também é tomada por via oral para parar a descarga menstrual excessiva. Pode também ser aplicada aos olhos feridos ou doloridos, e usada para expulsar vermes intestinais e parasitas. Cistite, hepatite, prostatite e tosse são outros tratamentos muito comuns onde a casca exerce um importante papel. A resina é também utilizada para tosse e bronquite, e um chá de casca é usado para problemas de estômago, bem como fungos nos pés e unhas.
A casca também é recomendada para disenteria, fadiga geral, gases, dispepsia, hematúria, problemas de bexiga e tosse com sangue. A resina foi recomendada para todos os tipos de problemas respiratórios superiores e cardiopulmonares. Um extrato alcoólico da casca chamado vinho de jatobá já foi amplamente vendido em todo o Brasil como tônico e fortificante, para dar mais energia e para muitos outros problemas de saúde.
O fruto é usado para tratar úlceras bucais e as folhas e a madeira são usadas para tratar a diabetes. O jatobá é comumente usado como um tônico energético natural para doenças respiratórias tais como asma, laringite e bronquite, como uma lavagem para infecções fúngicas e é tomado também como um descongestionante. Seu uso também é feito para o tratamento de candidíase e fungos no estômago e intestinos. É também utilizado no tratamento de hemorragias, bursites, infecções da bexiga, artrite, prostatite, levedura e infecções fúngicas, cistite, e é aplicado topicamente para fungos na pele e unha.
Atualmente, nenhuma das pesquisas indicou que o jatobá tenha qualquer toxicidade. Um estudo destacou o leve efeito alérgico que a resina do jatobá pode ter quando usada externamente. É importante só usar o jatobá se houver recomendação médica, ou você estará correndo riscos para sua saúde.
Jatobá: propriedades da planta
A planta é rica em compostos biologicamente ativos. Alguns destes produtos químicos demonstraram apresentar importante ação anti inflamatória, antibacteriana, antifúngica e antitumoral em estudos clínicos. Em outra pesquisa, certos fitoquímicos do jatobá se mostraram como responsáveis por fornecer antioxidantes ao organismo, além de demonstrar propriedades protetoras do fígado.
Jatobá também contém produtos químicos que são responsáveis pela proteção da árvore de fungos na floresta tropical. De fato, a árvore do jatobá é uma das poucas árvores na floresta tropical que ostenta uma casca de tronco completamente limpa, sem qualquer um dos fungos habituais encontrados em muitas outras árvores no ambiente úmido da floresta. Estas substâncias antifúngicas tem sido documentadas em vários estudos ao longo dos anos e a atividade antifúngica do jatobá é atribuída a esses produtos químicos.
Além de suas propriedades antifúngicas, o jatobá também tem sido documentado por suas propriedades anti-leveduras contra uma ampla gama de organismos, incluindo a cândida. Estudos clínicos têm sido realizados no jatobá demonstrando propriedades antimicrobianas e antibacterianas, incluindo ações contra organismos perigosos ao organismo humano, tais como o E. coli, Pseudomonas, Staphylococcus e Bacilos. Além disso, um extrato das folhas de jatobá tem demonstrado atividade hipoglicêmica significativa, produzindo uma redução significativa nos níveis de açúcar no sangue.
Jatobá: receitas e usos práticos
Os usuários do jatobá, bem como as pesquisas, mostraram que a casca de jatobá tem resultados muito eficientes contra a cistite aguda e crônica e prostatite. Muitos usuários hoje estão descobrindo que essas condições crônicas freqüentemente podem ser fúngicas por natureza, em vez de bacterianas. O uso generalizado de antibióticos para tratar estas condições pode acabar matando bactérias amigáveis que combatem os fungos, aumentando as chances de um problema fúngico ou incentivando o crescimento de fungos até ao ponto de tornar a condição crônica. Quando esses tipos de prostatite crônica e casos de cistite reagem tão rapidamente e dramaticamente a suplementos de jatobá, é provavelmente a partir de propriedades antifúngicas e anti-levedura do jatobá funcionando, e não suas propriedades antibacterianas.
Profissionais de saúde naturais estão aprendendo os muitos usos do jatobá e o empregam como um remédio natural para prostatite e cistite, como um tônico saudável para energia e para muitos problemas fúngicos e de levedura, tais como Candida, pé de atleta, infecções fúngicas e fungos nas unhas. É um remédio natural maravilhoso e útil, além de um importante e antigo recurso da floresta tropical.
Receita tradicional do jatobá:
Separe uma xícara da casca e cozinhe. Separe o líquido preparado, e tome uma a três vezes por dia. Esse preparo mais concentrado diluído com água e uma pequena quantidade de vinagre de cidra é usado topicamente para fungos na pele ou unha, ou empregado como um lavagem para infecções fúngicas. Só use se o seu médico ão tiver qualquer contra indicação contra o jatobá.
As folhas de Jatobá foram documentadas como tendo um efeito hipoglicemiante e, como tal, devem ser utilizadas sob supervisão médica por diabéticos.
Sobre o autor
André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.
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